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3/21/11

Conclusões

Eu sou viciado em conclusões, mas fatos para se considerar aparecem a todos os minutos abrindo questões novas em respostas antigas.

Ontem enquanto estava conversando com Nilson e Rosi, amigos meus da igreja, sobre algumas discussões teológicas tive que usar de uma metafora que conseguiu explicar mais coisas pra mim do que eu imagino que eu tentei expor pra eles.

Estávamos falando sobre o Calvinismo (predestinação) e o Arminianismo ( graça que alcança todos a todos), e sobre algumas discussões que eles viram em um programa de debates e ambas as visões com embasamento bíblico e me perguntaram como era possível existir contra-postos em duas visões com embasamento bíblico. Nessa hora lembrei de um texto que lí no blog do Juliano do Livres, sobre Hermenêutica (interpretação bíblica) de que não é indicado fazer conclusões sobre um versículo isolado da bíblia sem ver seu contexto no livro, e ainda assim indo mais longe, fazer a devida interpretação desse livro sem ver o contexto desse livro na Bíblia como um todo. Fazendo um paralelo sobre o que eu costumava pensar da bíblia, eu via ela como um livro cheio de histórias espalhadas e por algumas vezes desconexas umas das outras, e nisso eu me lembrei da estrutura das árvores e de como a disposição das folhas nos galhos tambem me parecia uma bagunça.



Mas tendo a visão correta de como a arvore organiza suas folhas, não parece mais uma bagunça, porque todas as folhas estão devidamente organizadas para que todas elas possam absorver o máximo de luz solar sem que uma folha faça mais sombra do que deveria sobre a outra (vide biologia) assim que como as folhas das árvores seguem apenas uma diretiva que é buscar o sol, as folhas da biblia semelhantemente tratam de um assunto só, esse sendo Jesus.

Eu poderia me aprofundar mais ainda nesse tema de estudo da bíblia mas não é essa minha intenção por agora, mas isso foi uma introdução ao que eu ja tenho percebido com relação a bíblia e sendo assim ao propósito de Deus de que a bíblia não é um livro fechado e nem tão pouco uma história que ja acabou. Eu vejo que em todas as direções que eu vi o Homem ainda sofre com as direções que ele crê que falta, com assuntos polêmicos como esse, que no meu ponto de vista não tem essa importância que muitas pessoas dão como o livre arbítrio fazendo um paradoxo com a predestinação, eu creio que não é dado ao Homem a base pra ele dizer que alguém foi pro inferno ou não porque em toda a bíblia isso nunca foi comprovado, pra que o Homem nunca tenha embasamento pra dizer que alguém vai ou foi pro inferno, e que nós, ou pelo menos eu, para ser bem honesto, sempre procurei um ponto fixo, ou algo estabelecido para tirar minhas conclusões, mas eu consigo perceber que por mais que eu queira dizer "essa história acabou, vamos começar outra" eu me pego muitas vezes em uma parte de um todo que ainda não acabou, e nisso começo a ter uma resistência em estabelecer pontos fixos, a história ainda não acabou, vejo que a história de pessoas que já morreram ainda não acabou, ainda vivemos consequências dos atos de pessoas que nunca vimos, seria arrogância demais levantar minha voz e ter um ponto crítico inflexível sobre as coisas e tentar virar a página da história com minhas próprias mãos. E com esse tipo de consciência vejo como obrigação me submeter ao autor dessa história gigantesca, desde o começo dos tempos até agora, e começar a ver minha vida não como um conjunto de histórias desconexas entre si, mas cada circustância da minha vida como a folha de uma árvore que tende a crescer desesperadamente pra se alimentar da presença de Deus e pelo menos tentar evitar que uma circunstância faça sombra a outra e eu me cubra num manto de tristeza por situações passadas, esperando até que Deus feche o livro dessa existência para chegar finalmente a uma conclusão imutável...

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